segunda-feira, 21 de abril de 2008

Agepel quer estátua no Morro Serrinha

Matheus Álvares Ribeiro
Da Editoria de Cidades - Diário da Manhã
10/01/2008

A Agência Goiana de Cultura (Agepel) vai instalar a estátua em homenagem a Pedro Ludovico Teixeira no Morro Serrinha, região sul da Capital. A obra, esculpida pela artista plástica Neusa Moraes, mostra o fundador de Goiânia, sobre seu cavalo, vislumbrando o local onde seria erguida a nova Capital do Estado. A definição da área foi feita pela presidente da Agepel, Linda Monteiro, que considerou a questão estrutural, os estudos técnico-ambientais e a estética. O Morro Serrinha não agradou ao vereador Rusembergue Barbosa (PR), que apresentou o projeto de lei na Câmara o qual previa a escolha do local a partir de um plebiscito, a ser realizado juntamente com a eleição municipal (3 de outubro). Segundo ele, a escolha da Serrinha é irresponsável, pois além de ferir o Plano Diretor, que define o local como área de preservação ambiental, passa por cima de um projeto que já conta com a simpatia do prefeito Iris Rezende e do governador Alcides Rodrigues. “A Linda não pode decidir esta questão sozinha. Além de desinformada, está podando o anseio do povo, que já demonstrou que quer participar da escolha”, afirmou ele, que considera importante a participação popular para resgatar a história goianiense. “Poucas cidades no mundo sofrem do esquecimento da história a que Goiânia está sujeita”, completa. Para tentar reverter a decisão, que considera arbitrária, o vereador anunciou que voltará a conversar com Alcides e com Iris, além de mobilizar a sociedade organizada. “Vamos chamar os movimentos sociais, estudantis; precisamos fazer barulho”, revela Rusembergue. Por sua vez, Linda Monteiro disse que teria consultado o filho do homenageado, Mauro Borges, que demonstrou sua preferência pela Serrinha em ofício encaminhado à Agepel. O ex-governador argumentou que, do local, o pai teria se convencido de que achara o espaço ideal para a instalação da Capital de Goiás depois de vislumbrar o horizonte. A área ainda conserva as características originais de flora nativa, sendo uma das poucas regiões de Cerrado dentro da área urbana da Capital. A mata contém pelo menos 71 espécies vegetais, como jatobá-do-cerrado, ipê-do-cerrado, barbatimão, faveira, carobinha, entre outras.A escultura foi idealizada por Neusa Moraes em 1982 e começou a ser fabricada no início da década de 1990, em meio à movimentação em torno das comemorações do centenário de nascimento de Pedro Ludovico. Quando a artista morreu, em 28 de fevereiro de 2004, aos 72 anos, a escultura, feita em gesso, estava sendo banhada em bronze na empresa de fundição Fundiart, em Piracicaba (SP), na última etapa de sua construção. O monumento mede 7 metros de altura, 1,8 metro de largura e 3 metros de comprimento. O projeto com detalhes da instalação da obra ainda está em fase de elaboração.

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