Previsão é de que o monumento seja inaugurado no aniversário de Goiânia
Adérito Schneider
da editoria do DMRevista
Diário da Manhã
Cidades, p. 7
16 de julho de 2010
Depois de 19 anos, finalmente será instalado na Praça Cívica o monumento “Resgate à memória”, que homenageia Pedro Ludovico Teixeira. A estátua do fundador de Goiânia montado a cavalo será fixada ao lado do Palácio Pedro Ludovico Teixeira, de frente para o Instituto Histórico e Geográfico de Goiás. A obra deve ser inaugurada em 24 de outubro deste ano, aniversário de 77 anos da Capital.
O projeto está em andamento desde 10 de junho de 1991, quando a artista Neuza Moraes encaminhou um ofício ao então secretário municipal de Cultura, José Mendonça Teles, propondo a criação da estátua. A construção foi aprovada pela prefeitura, mas ficou sem recursos para conclusão. Assim, a Agência Goiana de Cultura Pedro Ludovico Teixeira (Agepel) interveio, custeando o término do momumento.
O local de instalação da obra causou divergências entre representantes dos governos municipal e estadual e da classe artística. A Agepel chegou a abrir na terça-feira (13) o processo de licitação para construção da base da escultura, até então prevista para o morro da Serrinha. No entanto, após mobilização da classe artística e transferência do local para a Praça Cívica, a Agepel não informou se será mantido o mesmo processo licitatório.
A estátua tem sete metros de altura, três de comprimento e 1,8 de largura. A peça é banhada em bronze e pesa cerca de duas toneladas e meia. Atualmente, a obra está armazenada no depósito da empresa que fez seu revestimento em metal, em Piracicaba (SP), e deve ser transportada para Goiânia em até 20 dias. O valor total do projeto, que se estende por quase duas décadas, não foi informado pela Agepel.
Artigo de Opinião
Pedro Ludovico e seu cavalo.
Por Deolinda Taveira*
Neusa, sob encomenda da Prefeitura de Goiânia realizou a obra de sua vida, uma escultura eqüestre, representando Pedro Ludovico em seu cavalo no momento que buscava (teoricamente) área para construir a nova Capital. Da Prefeitura de Goiânia levou o maior calote, durante anos passou a vergonha de implorar por ajuda para terminar a obra e finalmente, o Governo do Estado, através da AGEPEL, após a morte da escultora assumiu a dívida com a fundição. Era um desejo dela que o bronze fosse de ótima qualidade. Paga a fundição e a obra pronta para voltar à Goiânia, a AGEPEL apresenta uma proposta de fazer a instalação da obra no morro do Serrinha – um paliteiro de antenas -, pois historicamente, foi nesse morro que Pedro Ludovico teve uma visão geral da área escolhida para instalar a nova Capital.
Depois de tantos anos de idas e vindas, ou melhor, de miséria para a autora da obra e de descaso com a própria obra, finalmente, uma luz no fim do túnel, a licitação para a feitura do pedestal e instalação da escultura, porte monumental, no morro do Serrinha. E eis que recomeçam os discursos dos contra e dos a favor, neste caso, nem estou contra e nem a favor, em especial que acredito que representar Pedro Ludovico a cavalo é desmerecer o homem contemporâneo, urbano até o ultimo fio de cabelo e o seu terno de linho branco, todo estiloso!
No inicio de 2009 , segundo os jornais locais, 3 mil pessoas se reuniram para um abraço no Serrinha e defendiam a implantação de um parque ecológico, e aparentemente, o maior impedimento era o fato da área pertencer ao Estado e não a Prefeitura. Não me recordo em que época li no DM, salvo engano, um artigo assinado por Osmar Pires, professor e primeiro e efetivo secretário de Meio Ambiente de Goiânia, defendendo a instalação de um parque naquela área e com destaque, a colocação da escultura de Neusa Moraes, até mesmo por que tanto a autora quanto o representado careciam das homenagens! Em 2010, um pastor, a despeito da origem “alienígena”, em seu favor há que se dizer que em várias ocasiões promoveu ações a favor do patrimônio cultural goianiense e em outras, como no caso da escultura do Bandeirantes o linchamento de símbolos, faz aprovar na Câmara Municipal, sem consulta popular, uma lei que obriga a instalação da escultura eqüestre de Pedro Ludovico na Praça Cívica.
Acredito que está faltando um pouco de bom senso nessa polêmica, pois como é possível, um defensor do patrimônio cultural goianiense, fazer votar uma Lei que obriga uma praça já saturada, que já não cumpre a função idealizada pelo autor do projeto Attílio Correa Lima e também pelo fundador da cidade Pedro Ludovico, que seria a função de centro cívico, a dar abrigo a mais um objeto estranho a mesma. E a pensar que a Praça Cívica é um bem cultural com tombamento federal, estadual e municipal. Ou será que o autor do projeto desconhece que a praça é totalmente ocupada, diariamente, como estacionamento? Não desempenha o papel de espaço de convivência e manifestações cívicas e nem é preciso recordar que já houve o primeiro erro, com a retirada do obelisco central, para fazer ali, a instalação do Monumento as Três Raças. E o segundo com a permissão para esse tipo de ocupação (estacionamento).
E como se não bastasse, agora vão colocar o cavalo lá? Uma escultura gigantesca, que precisa de espaço para ser vista e apreciada. Inserida no cantinho da Praça, bem defronte a uma das fontes que foram desativadas, por absoluta falta de manutenção, e que serve de dormitório a moradores de rua , quem vai ver? E quantos anos levará para a Prefeitura retirar o velho barracão do local? E as velhas árvores que com certeza serão mortas para deixar pastar o cavalo de bronze ?
É lamentável, do mesmo modo que a Rua 20 desapareceu na sua configuração original e a arquitetura modernista que vem sendo demolida sistematicamente, tida com sem valor, diante da imponência simplista da art déco goianiense. O que na verdade representa, em uma visão bem singela, que a estética do belo, que pautou a construção de Goiânia, deixou espaço para a ausência total de estética, de identidade. Observem a nova arquitetura local, onde foi parar o belo, os detalhes, as diferenças, a estética???
Mas uma vez, assistiremos estupefatos, sendo colocado o cavalo na Praça, a essa ausência de senso estético, que se vangloria de instalar “palitos luzidios ” em viadutos e que a mídia local, acrítica, adota como símbolo de modernidade, e nem preciso comentar da humilhação e a vergonha (diante de tanto provincianismo) de Pedro Ludovico, montado em seu cavalo, disputando o espaço e a visibilidade com um estacionamento de carros ou barracas natalinas, ou feiras.
Por que será que o Monumento do Ipiranga (SP) é tão espetacular? Por que, dentro outros motivos, pode ser visto em uma Praça aberta.
A Praça Cívica é do povo, é a Praça das manifestações cívicas.
Que Pedro Ludovico, do alto do Serrinha continue a apreciar a cidade que criou, e que veja como ela se perdeu, em engarrafamentos e se expandiu, muito mais do que sonhou, e aproveitando a sua presença no local, que seja realidade um Parque Ecológico temático. Goiânia não é mais só o centro – abandonado por sinal – mas, gigantesca, esparramada, derramada, viva. Vamos respeitar a obra de Neusa, que muito sofreu para realizá-la e a memória de um homem que estava além do seu tempo, um homem contemporâneo.
*Deolinda Taveira é Conservadora Restauradora de Bens Culturais e publica o blog “AMIGOS DOS MUSEUS “
http://amigosdemuseu.blogspot.com
Artigo de Opinião
A estátua de Pedro Ludovico
Por João Neder*
Diário da Manhã
14 de julho de 2010
Está se transformando em polêmica o lugar adequado para a colocação de estátua de Pedro Ludovico Teixeira, montado num corcel, como idealizado pela autora da escultura, sendo que a Agepel, quer colocar a estátua no morro da Serrinha, lugar que não tem chamativo turístico, como esclareceu o Bariani Ortêncio, do alto da sua indiscutível opinião, mas ofereceu a sugestão de que Pedro montado a cavalo seja colocado na frente do antigo Centro Administrativo, hoje Palácio Pedro Ludovico Teixeira, numa área que bem caberia o monumento, ligando o homenageado ao Palácio que leva seu nome, no dizer de Bariani, estaria “em casa”.
Do meu modo de ver, lá vai minha opinião, o monumento ao fundador de Goiânia deveria ser posto na confluência das avenidas Goiás e Anhanguera, no local onde está a Estátua do Bandeirante, porque nada tem a ver com Goiânia e, com Goiás, ao que se sabe, os tais bandeirantes aqui vieram para matar índios, estuprar índias, rapar ouro e esmeraldas das terras goianas, enquanto a homenagem que os goianos e todos os brasileiros que vivem em Goiás deverá ser vista diariamente, irradiando o idealismo, a honestidade e a firmeza de caráter de Pedro Ludovico que, a bem dizer, com a construção de Goiânia fez não apenas um cidade, mas tornou em pedra e cal, asfalto e coragem cívica, a Marcha Para o Oeste, para que os brasileiros não vivessem como os camarões na beira das praias e para integrar terras cultiváveis e os mananciais de água como os rios Araguaia e Tocantins fossem auxiliares do grande desenvolvimento de Goiás; abrindo para o Brasil e para o mundo as fontes termais de Caldas Novas, fazendo de Goiás, como disse o saudoso Adory Otoniel da Cunha, não apenas um Estado, mas uma nova fronteira humana.
Penso que pelo tamanho insignificante da minha opinião, o tal bandeirante armado de mosquetão, símbolo da violência e da força bruta contra os mais fracos, irá continuar olhando para o Oeste, sem nunca ter feito um arraial sequer, não podendo ser medido nem comparado ao cidadão Pedro Ludovico, o Construtor de Goiânia.
Em todo caso, se a ideia do Bariani Ortêncio for acatada, que se faça um acréscimo ao monumento, colocando na mão direita do Pedro Ludovico uma chibata, com três guisos na ponta, para espantar os malandros da política e, se for necessário, deitar a chibata no lombo dos corruptos.
*João Neder é jornalista, advogado criminalista, promotor de Justiça aposentado e escritor
Adérito Schneider
da editoria do DMRevista
Diário da Manhã
Cidades, p. 7
16 de julho de 2010
Depois de 19 anos, finalmente será instalado na Praça Cívica o monumento “Resgate à memória”, que homenageia Pedro Ludovico Teixeira. A estátua do fundador de Goiânia montado a cavalo será fixada ao lado do Palácio Pedro Ludovico Teixeira, de frente para o Instituto Histórico e Geográfico de Goiás. A obra deve ser inaugurada em 24 de outubro deste ano, aniversário de 77 anos da Capital.
O projeto está em andamento desde 10 de junho de 1991, quando a artista Neuza Moraes encaminhou um ofício ao então secretário municipal de Cultura, José Mendonça Teles, propondo a criação da estátua. A construção foi aprovada pela prefeitura, mas ficou sem recursos para conclusão. Assim, a Agência Goiana de Cultura Pedro Ludovico Teixeira (Agepel) interveio, custeando o término do momumento.
O local de instalação da obra causou divergências entre representantes dos governos municipal e estadual e da classe artística. A Agepel chegou a abrir na terça-feira (13) o processo de licitação para construção da base da escultura, até então prevista para o morro da Serrinha. No entanto, após mobilização da classe artística e transferência do local para a Praça Cívica, a Agepel não informou se será mantido o mesmo processo licitatório.
A estátua tem sete metros de altura, três de comprimento e 1,8 de largura. A peça é banhada em bronze e pesa cerca de duas toneladas e meia. Atualmente, a obra está armazenada no depósito da empresa que fez seu revestimento em metal, em Piracicaba (SP), e deve ser transportada para Goiânia em até 20 dias. O valor total do projeto, que se estende por quase duas décadas, não foi informado pela Agepel.
Artigo de Opinião
Pedro Ludovico e seu cavalo.
Por Deolinda Taveira*
Neusa, sob encomenda da Prefeitura de Goiânia realizou a obra de sua vida, uma escultura eqüestre, representando Pedro Ludovico em seu cavalo no momento que buscava (teoricamente) área para construir a nova Capital. Da Prefeitura de Goiânia levou o maior calote, durante anos passou a vergonha de implorar por ajuda para terminar a obra e finalmente, o Governo do Estado, através da AGEPEL, após a morte da escultora assumiu a dívida com a fundição. Era um desejo dela que o bronze fosse de ótima qualidade. Paga a fundição e a obra pronta para voltar à Goiânia, a AGEPEL apresenta uma proposta de fazer a instalação da obra no morro do Serrinha – um paliteiro de antenas -, pois historicamente, foi nesse morro que Pedro Ludovico teve uma visão geral da área escolhida para instalar a nova Capital.
Depois de tantos anos de idas e vindas, ou melhor, de miséria para a autora da obra e de descaso com a própria obra, finalmente, uma luz no fim do túnel, a licitação para a feitura do pedestal e instalação da escultura, porte monumental, no morro do Serrinha. E eis que recomeçam os discursos dos contra e dos a favor, neste caso, nem estou contra e nem a favor, em especial que acredito que representar Pedro Ludovico a cavalo é desmerecer o homem contemporâneo, urbano até o ultimo fio de cabelo e o seu terno de linho branco, todo estiloso!
No inicio de 2009 , segundo os jornais locais, 3 mil pessoas se reuniram para um abraço no Serrinha e defendiam a implantação de um parque ecológico, e aparentemente, o maior impedimento era o fato da área pertencer ao Estado e não a Prefeitura. Não me recordo em que época li no DM, salvo engano, um artigo assinado por Osmar Pires, professor e primeiro e efetivo secretário de Meio Ambiente de Goiânia, defendendo a instalação de um parque naquela área e com destaque, a colocação da escultura de Neusa Moraes, até mesmo por que tanto a autora quanto o representado careciam das homenagens! Em 2010, um pastor, a despeito da origem “alienígena”, em seu favor há que se dizer que em várias ocasiões promoveu ações a favor do patrimônio cultural goianiense e em outras, como no caso da escultura do Bandeirantes o linchamento de símbolos, faz aprovar na Câmara Municipal, sem consulta popular, uma lei que obriga a instalação da escultura eqüestre de Pedro Ludovico na Praça Cívica.
Acredito que está faltando um pouco de bom senso nessa polêmica, pois como é possível, um defensor do patrimônio cultural goianiense, fazer votar uma Lei que obriga uma praça já saturada, que já não cumpre a função idealizada pelo autor do projeto Attílio Correa Lima e também pelo fundador da cidade Pedro Ludovico, que seria a função de centro cívico, a dar abrigo a mais um objeto estranho a mesma. E a pensar que a Praça Cívica é um bem cultural com tombamento federal, estadual e municipal. Ou será que o autor do projeto desconhece que a praça é totalmente ocupada, diariamente, como estacionamento? Não desempenha o papel de espaço de convivência e manifestações cívicas e nem é preciso recordar que já houve o primeiro erro, com a retirada do obelisco central, para fazer ali, a instalação do Monumento as Três Raças. E o segundo com a permissão para esse tipo de ocupação (estacionamento).
E como se não bastasse, agora vão colocar o cavalo lá? Uma escultura gigantesca, que precisa de espaço para ser vista e apreciada. Inserida no cantinho da Praça, bem defronte a uma das fontes que foram desativadas, por absoluta falta de manutenção, e que serve de dormitório a moradores de rua , quem vai ver? E quantos anos levará para a Prefeitura retirar o velho barracão do local? E as velhas árvores que com certeza serão mortas para deixar pastar o cavalo de bronze ?
É lamentável, do mesmo modo que a Rua 20 desapareceu na sua configuração original e a arquitetura modernista que vem sendo demolida sistematicamente, tida com sem valor, diante da imponência simplista da art déco goianiense. O que na verdade representa, em uma visão bem singela, que a estética do belo, que pautou a construção de Goiânia, deixou espaço para a ausência total de estética, de identidade. Observem a nova arquitetura local, onde foi parar o belo, os detalhes, as diferenças, a estética???
Mas uma vez, assistiremos estupefatos, sendo colocado o cavalo na Praça, a essa ausência de senso estético, que se vangloria de instalar “palitos luzidios ” em viadutos e que a mídia local, acrítica, adota como símbolo de modernidade, e nem preciso comentar da humilhação e a vergonha (diante de tanto provincianismo) de Pedro Ludovico, montado em seu cavalo, disputando o espaço e a visibilidade com um estacionamento de carros ou barracas natalinas, ou feiras.
Por que será que o Monumento do Ipiranga (SP) é tão espetacular? Por que, dentro outros motivos, pode ser visto em uma Praça aberta.
A Praça Cívica é do povo, é a Praça das manifestações cívicas.
Que Pedro Ludovico, do alto do Serrinha continue a apreciar a cidade que criou, e que veja como ela se perdeu, em engarrafamentos e se expandiu, muito mais do que sonhou, e aproveitando a sua presença no local, que seja realidade um Parque Ecológico temático. Goiânia não é mais só o centro – abandonado por sinal – mas, gigantesca, esparramada, derramada, viva. Vamos respeitar a obra de Neusa, que muito sofreu para realizá-la e a memória de um homem que estava além do seu tempo, um homem contemporâneo.
*Deolinda Taveira é Conservadora Restauradora de Bens Culturais e publica o blog “AMIGOS DOS MUSEUS “
http://amigosdemuseu.blogspot.com
Artigo de Opinião
A estátua de Pedro Ludovico
Por João Neder*
Diário da Manhã
14 de julho de 2010
Está se transformando em polêmica o lugar adequado para a colocação de estátua de Pedro Ludovico Teixeira, montado num corcel, como idealizado pela autora da escultura, sendo que a Agepel, quer colocar a estátua no morro da Serrinha, lugar que não tem chamativo turístico, como esclareceu o Bariani Ortêncio, do alto da sua indiscutível opinião, mas ofereceu a sugestão de que Pedro montado a cavalo seja colocado na frente do antigo Centro Administrativo, hoje Palácio Pedro Ludovico Teixeira, numa área que bem caberia o monumento, ligando o homenageado ao Palácio que leva seu nome, no dizer de Bariani, estaria “em casa”.
Do meu modo de ver, lá vai minha opinião, o monumento ao fundador de Goiânia deveria ser posto na confluência das avenidas Goiás e Anhanguera, no local onde está a Estátua do Bandeirante, porque nada tem a ver com Goiânia e, com Goiás, ao que se sabe, os tais bandeirantes aqui vieram para matar índios, estuprar índias, rapar ouro e esmeraldas das terras goianas, enquanto a homenagem que os goianos e todos os brasileiros que vivem em Goiás deverá ser vista diariamente, irradiando o idealismo, a honestidade e a firmeza de caráter de Pedro Ludovico que, a bem dizer, com a construção de Goiânia fez não apenas um cidade, mas tornou em pedra e cal, asfalto e coragem cívica, a Marcha Para o Oeste, para que os brasileiros não vivessem como os camarões na beira das praias e para integrar terras cultiváveis e os mananciais de água como os rios Araguaia e Tocantins fossem auxiliares do grande desenvolvimento de Goiás; abrindo para o Brasil e para o mundo as fontes termais de Caldas Novas, fazendo de Goiás, como disse o saudoso Adory Otoniel da Cunha, não apenas um Estado, mas uma nova fronteira humana.
Penso que pelo tamanho insignificante da minha opinião, o tal bandeirante armado de mosquetão, símbolo da violência e da força bruta contra os mais fracos, irá continuar olhando para o Oeste, sem nunca ter feito um arraial sequer, não podendo ser medido nem comparado ao cidadão Pedro Ludovico, o Construtor de Goiânia.
Em todo caso, se a ideia do Bariani Ortêncio for acatada, que se faça um acréscimo ao monumento, colocando na mão direita do Pedro Ludovico uma chibata, com três guisos na ponta, para espantar os malandros da política e, se for necessário, deitar a chibata no lombo dos corruptos.
*João Neder é jornalista, advogado criminalista, promotor de Justiça aposentado e escritor
2 comentários:
DURANTE DÉCADAS, FORAM VÁRIAS AS TENTATIVAS DE DEVOLVER A SIGNIFICÂNCIA HISTÓRICA E FUNCIONAL DA PRAÇA CÍVICA EM GOIÂNIA:
EM MARÇO DE 1937, O ANTEPROJETO DA PRAÇA CÍVICA FOI SUBMETIDO À APROVAÇÃO DO GOVERNADOR DO ESTADO... AS FONTES LUMINOSAS FORAM MUITO ADMIRADAS POR QUEM FREQÜENTOU A PRAÇA DO FINAL DOS ANOS 30 ATÉ OS ANOS 70, ONDE OCORRERAM IMPORTANTES FESTAS E MANIFESTAÇÕES CÍVICAS DESDE ENTÃO. A VIDA SOCIAL DAS PESSOAS GIRAVA EM TORNO DAS PRAÇAS. A PRAÇA ERA UM LOCAL DE ENCONTRO DE NAMORADOS, DIVERSÃO DAS CRIANÇAS, CONTEMPLAÇÃO.
AS FONTES DA PRAÇA CÍVICA FUNCIONAVAM DIARIAMENTE E TINHAM ATÉ ZELADOR!
HOJE, AQUELES AROMAS DA INFÂNCIA, DE PIPOCA, CALDO CANA, ALGODÃO DOCE, AMENDOIM TORRADO E FONTE LUMINOSA COLORIDA FORAM SUBSTITUÍDOS PELO ODOR DO LIXO, DE EXCREMENTOS, DO ABANDONO E TORNOU-SE UM LOCAL DE PASSAGEM, QUE NÃO FAZ JUS À SUA BELEZA ARQUITETÔNICA E IMPORTÂNCIA HISTÓRICA.
E AGORA, A GRANDE ESCULTURA VAI FAZER PARTE DA PRAÇA ABANDONADA! ONDE ESTÁ O PROJETO DE REVITALIZAÇÃO DA PRAÇA?
SILVANA EMÍDIO.
ARQUITETA E URBANISTA
Ficou escondida deveria ficar de frente pra av. Goias. Aparecendo. Ficou em baixo das arvores escondido.
Postar um comentário