Café da Manhã, página 04.
Este blog traz informações sobre o Morro da Serrinha e a luta de diversos setores sociais para a sua transformação em Parque Ecológico. Confira no site parte da história do morro até a atual luta para criar o parque e a polêmica localização da estátua de Pedro Ludovico.
terça-feira, 24 de junho de 2008
Alcides concorda com o Parque da Serrinha
Café da Manhã, página 04.
quinta-feira, 19 de junho de 2008
Parque Morro Serrinha - Leolídio Caiado
No artigo que escreveu e que o Diário da Manhã publicou na edição de 19 de outubro de 1996, intitulado “Criador de Parques”, o combativo e destemido Leco assim se pronunciou sobre a grilagem oficializada que vitimou o Parque Vaca Brava: [...] Havia área no centro da cidade, hoje bairro populoso, Setor Bueno, como é o caso do Vaca Brava, que era reclamado por pretensos e supostos proprietários particulares. Ora, [...] se o parque fosse transformado em construções de elevados prédios, os espigões, além de obstruir a beleza paisagística, impediriam o livre trânsito das brisas que suavizam a comunidade [...].
As palavras de Leolídio Di Ramos Caiado ecoam fortemente até os dias presentes. Muitos são ainda os pretensos proprietários que reclamam o Vaca Brava para si. Querem se apropriar de uma área pública ambiental com objetivos construtivos. Alguns os alcançaram e levantam espigões que degradam a paisagem da cabeceira de um fundo de vale e que impedem a circulação natural do vento e da água, repassando a conta das inundações e das ilhas de calor para os cidadãos.
Leco é merecedor de todas as manifestações justas, carinhosas e de gratidão, mas, não se deve destituir da pessoa merecedora o substantivo da homenagem – a luta pela ecologia concreta – em favor de djetivos fáceis que venham, na verdade, a obscurecer a realidade e manter o status quo da poluição, da degradação e da iniqüidade de uma sociedade desigual, autoritária e excludente.
Por certo que Leco é merecedor de homengens à altura de quem, na década de 1940, inciou sua prenegrinação em defesa do Cerrado, da fauna e da flora, implantando o Departamento de Caça e Pesca de Goiás. Trajetória essa que culminou na criação da Semago, posteriormente Femago e, agora, da recentemente extinta Agência Ambiental. O estado de Goiás foi pioneiro na implantação de uma lei de controle da poluição – a Lei nº 8544, de 17 de outubro de 1978, antes mesmo da lei que instituiu a política nacional – Lei nº 6938, em 1981. A Superintendência Estadual do Meio Ambiente de Goiás (Semago) foi por ele criada e presidida, contemporaneamente às primeiras agências de proteção ambiental no país e no mundo, como a Companhia de Tecnologia e Saneamento Básico e Ambiental de São Paulo (Cetesb), Fundação Estadual de Engeharia do Meio Ambiente do Rio de Janeiro (Feema) e Agência Norte-Americana de Proteção Ambiental (EPA), todas no ínício da década de 1970.
A sociedade é devedora de uma homenagem que venha expressar com fidedignidade a trajetória do homenageado no cotidiano dos goianienses e goianos. Lembro, a título de sugestão, que o último resquício urbano do Cerrado, encravado no ponto mais alto do Vale do Botafogo, onde Pedro Ludovico vislumbrou e escolheu o local para edificar a capital dos goianos é o Morro Serrinha. Uma área originalmente pertencente ao povo goianiense, destinada a parque municipal, mas que, pelos descaminhos da grilagem oficializada, foi parar nas maõs de particulares, que foi desapropriada pelo Estado de Goiás para a implantação de um Teleporto. Como o Estado dele desistiu por problemas ambientais com o Ministério Público, quem sabe, na esteira da feliz sugestão de um parque para Leco, feita brilhantemente pelo ex-governador e atual Senador Marconi Perillo, não se possa promover a união de todos – Estado, Município, MP, comunidade – e preservar o Cerrado no coração de Goiânia, bem como a memória de um dos mais ilustres defensores da natureza, em todos os tempos, com a implantação do belo Parque Morro Serrinha – Leolídio Caiado.
sexta-feira, 6 de junho de 2008
Comunidade pede criação de parque
Em março deste ano, o vereador Rusembergue Barbosa apresentou à Câmara Municipal projeto de lei criando o Parque Serrinha. A iniciativa impulsionou a criação da Associação de Amigos do Morro Serrinha, coordenada pelo biólogo João Paulo Antunes.
3 mil abraçam o Morro Serrinha
Thatiane Rocha Abreu
DA EDITORIA DE CIDADES
Diário da Manhã, 06/06/08
A construção do Parque da Serrinha tem o apoio do prefeito de Goiânia, Iris Rezende, e ganhou o apoio de representantes de Organizações Não-Governamentais (ONGs). A proposta inicial feita pela Prefeitura de Goiânia é de trocar a área do Colégio Lyceu de Goiânia, localizado no Centro, que pertence à prefeitura, pela área do Morro da Serrinha, que alcança 107.398 metros quadrados.
Ele lembrou de quando a área do Morro do Serrinha, em 2002, quase foi transformada em um Teleporto, onde seriam construídos quatro prédios. O projeto foi barrado pela Justiça. O biólogo salienta que a área faz parte de um dos primeiros planos diretores da Capital, instituído ainda em 1957, mas foi em 1994 que o terreno foi transformado em área de preservação ambiental. Além da preservação, esse lugar tem um valor histórico para Goiânia. Foi aqui que Pedro Ludovico Teixeira teve a primeira vista ampla de Goiânia e decidiu instalar a capital. Essa área onde está construída a Organização Jaime Câmara pertence aos goianos. Essa afirmação é segmentada de acordo com o decreto de número 19, assinado em janeiro de 1951, registrado no cartório de registro de imóveis de Goiânia.
Esporte O diretor de eventos da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer, José Henrique Brandão, disse que há um projeto também para construir junto com o parque uma área para a prática de esportes. Está passando da hora desse morro ser transformado em um parque de preservação ambiental. No evento, representando os atletas, estava a goiana líder do ranking nacional de corrida e montanhas, Daiana Barros, 23.
comandante da guarda municipal de Goiânia, Gercy Joaquim Camelo, disse que apóia a construção do parque. Nós somos a corporação responsável por fazer a proteção aos parques da cidade. Sou a favor da construção, porque irá enfocar a proteção ambiental dessa área. O comandante do Batalhão Ambiental, tenente-coronel Carlos César Macário, disse que a área do morro está abandonada e que precisa ser protegida. Esta é uma área de vegetação nativa e deve ser preservada. A construção de um parque vem a viabilizar essa preservação.
Homenagem
Ontem, enquanto acontecia o abraço coletivo ao Morro da Serrinha, o artista Omar Souto fez um quadro representando a mãe natureza. Ele disse que foi a forma que encontrou para despertar as pessoas sobre a importância de preservar o meio ambiente. Eu ainda sou daqueles que acreditam que dá tempo de fazer alguma coisa por nosso planeta. Acredito que a construção desse parque será uma grande conquista para os goianos e que haverá bom senso, tanto por parte da prefeitura quanto do Estado para fecharem um acordo.
O quadro pintado durante o ato será doado ao grupo Pela Vida, que representa os portadores do vírus HIV. Para o presidente da ONG Guerreiros da Natureza, Antônio Carlos Volpone, é necessário que o parque seja construído o mais rápido possível. Se o parque não for construído rapidamente, essa área nativa do Cerrado pode se perder. Ele salienta que se o projeto do Teleporto, criado em 2002, tivesse sido levado adiante, o morro poderia ter desaparecido. A ONG Guerreiros da Natureza teve importante participação contra a construção do Tele Ponto, e saímos vitoriosos quando o projeto foi barrado.